top of page
  • Facebook
  • Twitter
  • Pinterest
  • Instagram

Glúten, depressão e intestino: a ligação que nem sempre vemos

ree

À primeira vista, a depressão e a doença celíaca parecem condições completamente diferentes. Mas cada vez mais estudos revelam uma conexão profunda entre o que comemos e a nossa saúde emocional — em especial, entre o glúten e alguns distúrbios psicológicos.


A doença celíaca é uma condição autoimune em que a ingestão de glúten — uma proteína presente no trigo, centeio e cevada — desencadeia uma reação imunológica que danifica o revestimento do intestino delgado. O resultado? Inflamação crónica, má absorção de nutrientes e sintomas que podem ir de dores abdominais e diarreia a fadiga extrema.


O que nem sempre se fala é que o intestino é o nosso “segundo cérebro”. Cerca de 90% da serotonina, um dos principais neurotransmissores ligados ao humor, é produzida ali.Quando o intestino está inflamado, a produção e regulação desses neurotransmissores ficam comprometidas, afetando diretamente a forma como sentimos, pensamos e reagimos ao mundo. Não é raro que pessoas com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten experimentem ansiedade, depressão, irritabilidade ou até “nevoeiro mental” (brain fog).


🌿 Uma visão integrativa para o cuidado

A medicina integrativa olha para esta ligação entre corpo e mente como algo inseparável. Não basta tratar apenas o sintoma físico ou apenas o emocional — é preciso abordar as causas e apoiar todo o organismo.

No caso da doença celíaca ou da sensibilidade ao glúten, para além da alimentação isenta de glúten, é essencial:


  • Reparar a mucosa intestinal com nutrientes e plantas medicinais como a Aloe vera, a camomila e a calêndula, que ajudam a acalmar a inflamação;

  • Suplementar nutrientes-chave frequentemente deficitários, como ferro, vitamina D, zinco, magnésio e complexo B;

  • Apoiar o fígado na desintoxicação com plantas como o cardo-mariano e o dente-de-leão, que também favorecem o metabolismo hormonal e o equilíbrio geral;

  • Fortalecer o sistema nervoso com adaptogénicos e calmantes naturais como ashwagandha, passiflora ou erva-cidreira;

  • Incluir probióticos e prebióticos para restaurar a microbiota intestinal, peça central na saúde mental e imunológica.

🧠 Cuidar do intestino é cuidar da mente


Se se sente cansado(a), irritado(a), ansioso(a) ou triste sem motivo aparente, questione: Como está o meu intestino? Muitas vezes, o equilíbrio mental começa no prato e nas escolhas diárias.

Ao alinhar a ciência nutricional, o herbalismo e a visão integrativa, abrimos espaço para um verdadeiro processo de cura — um que respeita o corpo como um ecossistema único, onde cada parte influencia o todo.

🌱 “Quando tratamos a raiz, a flor floresce sozinha.”

 
 
 

Comentários


bottom of page