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Vulnerabilidade Emocional


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Num mundo em que nos ensinam que um homem não pode chorar e que uma mulher para ser mulher deve estar sempre impecável e radiante, deixámos de poder mostrar que para além das nossas virtudes também somos as nossas fraquezas. A máscara que colocamos todos os dias para não mostrar a nossa vulnerabilidade emocional, impede-nos de ver o outro lado do espelho.

         

Todos os dias, em anúncios, Instagram, Facebook, trabalho, ensinam-nos a mostrar uma perfeição que não existe. A exposição aos media fizeram-nos entrar na chamada "Ditadura da Beleza". Começamos a condenar-nos, a dizer que não somos bons o suficiente, a ter pensamentos escassos, a todas as horas do nosso dia. Começamos a ser perfeccionistas e a crer crescer à velocidade que a sociedade nos obriga, começamos a ser frios para não nos permitirmos sentir, começamos a desligar-nos do que é fazer parte deste todo onde, tudo demora a enraizar.


Hoje um amigo disse-me algo que vou levar para a vida: "as árvores demoram anos a crescer, para perceberem para que posição devem ir, para sentir para onde o vento as quer guiar, para perceber onde está a água que querem beber".  As árvores têm tempo para observar, sentir e então crescer, e passados anos e anos tornam-se seres maravilhosos, onde vamos procurar refúgio em fases de crescimento.

         

Como essas árvores que suportam tempestades e dias de sol e ar fresco, como as estações do ano, o dia e a noite, também nós temos os nossos lados yin e yang. Então porquê escondê-los? Porquê mostrar ao mundo algo que não somos? É mais atraente sorrir todos os dias, brincar, mostrar que somos inabaláveis, inesgotáveis, que somos centrados e poderosos? Sim é. Mas é verdadeiro?


Não devíamos pelo menos tentar ter essa autênticidade com os nossos entes queridos?


        Existem muitas razões pelos quais não mostramos a nossa vulnerabilidade mas todas vão dar ao mesmo: O medo de julgamento do próximo sobre nós e a falta de amor e valorização pessoal.

  Para muitas mulheres o medo de não sermos amadas se mostrar-mos ser uma mulher que também chora. A mulher forte, lutadora, resiliente, trabalhadora, sexy e sábia, também é, a mesma mulher que sente inseguranças e que chora nos dias em que a lua muda.

   O mesmo homem sábio, elegante, brincalhão, forte, amigo, lutador e centrado nas suas escolhas também sente medo, também se sente perdido, também acordacansado e com vontade de receber mimos.  


      Um dos TEDs de Brené Brown, mostra-nos que as pessoas com mais dificuldade em estabelecer relações genuínas e verdadeiras, são as que sentem mais vergonha em expor as suas fraquezas.


A nossa vulnerabilidade está intimamente ligada à sensação de vergonha e de julgamento. As pessoas que se mostram capazes de reconhecer a sua vulnerabilidade são também as mais corajosas e autênticas nas suas relações. São as pessoas que se expõem de forma genuína, que não têm medo de ser francas, de correr riscos, de dar saltos de fé, são aquelas que tiram a armadura que as protegia e se abrem às experiências da vida. A coragem de mostrar as suas melhores e piores qualidades, deixar o ego partir para mostrar a alma.


Ser autêntico na sua complexidade e simplicidade para nos conseguirmos ligar verdadeiramente, conectar com os outros e com tudo o que nos rodeia.     

  

Partilho convosco o Ted:


Com Amor,

Kate 

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